Aterramento para o DR, quando devo usar?
Mesmo sendo um dispositivo de proteção essencial para as instalações elétricas, infelizmente a maioria das residências no Brasil não possuí o disjuntor DR ou o dispositivo DR, seja disjuntor ou interruptor. Isso acontece principalmente porque muitos eletricistas têm dúvidas sobre o uso correto desse dispositivo.
Dispositivo DR precisa de Aterramento?
O Mundo da Elétrica recebe frequentemente muitas dúvidas sobre o Interruptor Diferencial Residual (IDR) e sobre o Disjuntor Diferencial Residual (DDR). Porém, uma dessas perguntas é muito recorrente entre os nossos leitores e seguidores: um dispositivo DR funciona em um circuito que não tem aterramento?
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Sendo assim, decidimos trazer este artigo para respondê-la e para isso, primeiro nós precisamos entender como o DR funciona. Então, vamos lá pessoal!
O dispositivo diferencial residual faz o seccionamento ou o interrompimento de um circuito sempre que ele detecta uma corrente de fuga maior do que 30mA!
Nós do Mundo da Elétrica fazemos questão de sempre enfatizar a importância do DR nas instalações elétricas, inclusive temos vários vídeos e artigos explicando as características deste dispositivo.
Por existir uma grande variedade de modelos de dispositivos DRs, é possível instalá-los em circuitos monofásicos, bifásicos e trifásicos. E independentemente do tipo de circuito elétrico, o IDR ou DDR faz o monitoramento da corrente elétrica que circula neste circuito, na fase e no neutro (quando tem).
Quando existe uma diferença de corrente entre uma das fases ou entre a fase e o neutro, o dispositivo DR desarma imediatamente, pois houve ali uma fuga de corrente.
Exemplo de Fuga e Resposta da pergunta!
Sabendo disso, a resposta para a pergunta que recebemos é dada pela informação a seguir. Uma fuga de corrente não precisa necessariamente de um circuito de aterramento elétrico para acontecer!
Por exemplo, uma pessoa que encosta na parte viva de um cabo fase e está em contato direto com o solo, vai criar um caminho alternativo para a corrente elétrica ir para a terra, virando assim a própria pessoa um escoamento para a corrente elétrica.
Neste exemplo que citamos, o dispositivo DR vai monitorar a corrente que entrou na fase. Mas como uma parte da corrente foi escoada para a terra através do corpo da pessoa e não voltou pelo neutro, o IDR vai desarmar porque ele percebeu que houve uma fuga de corrente elétrica!
Neste exemplo foi fácil perceber que não precisou de aterramento para ocorrer a fuga de corrente, justamente porque a própria pessoa serviu como um aterramento. No próprio corpo do IDR é possível ver que não existe um polo para o cabo de terra, apenas fases e neutro.
Esta confusão toda sobre o dispositivo DR precisar ou não de aterramento acontece muito porque alguns eletricistas confundem o IDR ou DDR, que são dispositivos diferenciais residuais, com o DPS, que é o dispositivo de proteção contra surtos.
É importante compreender que o DPS tem um funcionamento completamente diferente do DR, precisando de um circuito de aterramento. Outra informação indispensável é que o circuito de aterramento é obrigatório nas instalações, ou seja, não é porque o IDR não precisa desse sistema que o aterramento vai deixar de ser obrigatório!
O aterramento também tem uma grande função de proteção nos casos de choque elétrico, assim como IDR também tem. Portanto, é muito importante conhecer os tipos de aterramento para proteger corretamente a sua instalação e até as suas vidas!
E para te ajudar com isso, vamos deixar aqui embaixo um vídeo do canal do Mundo da Elétrica que vai te explicar e mostrar corretamente todos os tipos de aterramento elétrico. Não se esqueça de deixar o gostei no vídeo e de se inscrever no nosso canal!
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Sobre o autor
Eletricista desde 2006, Henrique Mattede também é autor, professor, técnico em eletrotécnica e engenheiro eletricista em formação. É educador renomado na área de eletricidade e um dos precursores do ensino de eletricidade na internet brasileira. Já produziu mais de 1000 videoaulas no canal Mundo da Elétrica no Youtube, cursos profissionalizantes e centenas de artigos técnicos. O conteúdo produzido por Henrique é referência em escolas, faculdades e universidades e já recebeu mais de 120 milhões de acessos na internet.
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